Nascido em 1928, Fuentes escreveu mais de 20 livros. Vencedor do Prêmio Cervantes em 1987 e do Príncipe de Astúrias em 1994, era considerado um dos escritores mexicanos de maior reconhecimento.
Era casado com a jornalista mexicana Silvia Lemús. Do casamento, nasceram seus filhos Carlos Rafael, que era hemofílico e morreu em 1999 aos 25 anos, e Natasha, que morreu alguns anos depois aos 32 anos por causas desconhecidas.
Entrevista a Carlos Fuentes
Autor de “A Morte de Artemio Cruz”, “A Região Mais Transparente”, “Em 68″ e “A Cadeira da Águia”, também era conhecido por seu olhar crítico sobre a sociedade mexicana contemporânea e a política neoconservadora do ex-presidente americano George W. Bush.
Além de romancista, ele foi novelista, ensaísta e diplomata. Fuentes é conhecido por seu olhar crítico sobre a sociedade mexicana contemporânea e a política conservadora do ex-presidente americano George W. Bush. Seus artigos sobre o tema foram compilados em 2004 no livro "Contra Bush". Outras obras que se destacaram foram "Aura" (1962), "Terra nostra" (1975) e "Gringo velho" (1985).
Veja os depoimentos:
Felipe Calderón, presidente mexicano, em seu perfil no Twitter
"Lamento profundamente o falecimento do nosso querido e admirado Carlos Fuentes, escritor e mexicano universal. Descanse em paz."
"Lamento profundamente o falecimento do nosso querido e admirado Carlos Fuentes, escritor e mexicano universal. Descanse em paz."
Mario Vargas Llosa, escritor, em texto no site do jornal 'El País'
"Soube da morte de Carlos Fuentes e me deu muita dor. Com ele, desaparece um escritor cujo trabalho e cuja presença deixou marcas profundas. Suas histórias, romances e ensaios são inspirados principalmente pela história e problemas do México, mas ele era um homem universal, que sabia muitas literaturas, em muitas línguas, e viveu de forma comprometida com todos os grandes problemas políticos e culturais destes tempos. Ele sempre foi um grande promotor da cultura e trabalhou incansavelmente para reunir escritores e leitores de nossa língua em ambos os lados do Atlântico. Era um trabalhador, disciplinado e com entusiasmo, e ao mesmo tempo um grande viajante, com uma curiosidade universal, porque ele estava interessado em todas as manifestações da vida cultural e política e escreveu brilhantemente, especialmente em prosa. Não só seus amigos, mas também seus leitores sentirão muitas saudades dele."
Víctor García de la Concha, diretor do Instituto Cervantes, em comunicado
"Morreu um homem universal que sabia combinar o mexicano com a dimensão universal do espanhol. Foi embora um dos grandes."
"Morreu um homem universal que sabia combinar o mexicano com a dimensão universal do espanhol. Foi embora um dos grandes."
Geneton Moraes Neto, jornalista
"Carlos Fuentes foi o grande propagandista de Machado de Assis. Ou, pelo menos, um dos primeiros. Ele dizia que, enquanto outros escritores latino-americanos tentavam imitar as fórmulas europeias, Machado conseguiu criar uma obra original e brasileira. Então, ao contrário do que todos imaginam, Fuentes afirmava que quem criou o boom da literatura latino-americana foi o autor brasileiro."
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